Olá a todas (os)
Há milhentas famílias fragmentadas devido a toda esta conjuntura socioeconómica que vivemos. Há sem dúvida muito mais pessoas (gente como nós) que viviam bem e hoje estão no limiar da pobreza. Daqui não podemos de modo algum tirar muitos pontos positivos, porque os negativos se enovelam uns nos outros. Podemos, sim, tirar algumas lições que podem ser preciosíssimas no futuro. O endividamento, por tudo e por nada, é uma delas. O comprar porque carolice; comprar porque fulano ou sicrano tem; comprar porque é topo de gama, quando o que temos velho funciona na perfeição; comprar porque queremos experimentar como é (coisas caras, que se entenda), tudo isso deve ser avaliado no futuro, lições pois a aprender.
Agora falando dos que apesar desta crise terrível ainda mantêm os empregos e vivem deprimidos. A estes (eu incluo-me neste grupo, dos que têm emprego, não dos deprimidos), aconselho, para que não entrem em depressão a, por cada ponto que vos vai sendo subtraído, tentem adicionar-lhe um ponto positivo. Vou deixar-vos alguns exemplos do que se passa na minha vida:
1 – Custou-me muito ficar sem uma hora por dia para gerir a minha vida pessoal, ficar com menos tempo para as minhas filhas, por exemplo, porém agora arranjei forma do tempo que passo com elas ser de ainda mais qualidade. Na verdade sinto que estamos mais próximas do que sempre, que há mais harmonia e menos birras, de todas as partes.
2 – O ordenado tem baixado a olhos vistos, diminuindo o poder de compra, porém eu comecei a fazer muito mais coisas em casa para não comprar, e descobri em mim capacidades que nem sabia existirem. Ganhei na descoberta de mim, o que me trouxe uma realização enorme, coisa que nunca tinha sentido quando comprava quase tudo.
3 – Com a falta de dinheiro também não podemos viajar tanto, conhecer tanto, mas podemos sempre fazer uns alegres, e diferentes, pic-nics no chão da sala (nos dias de chuva), ou conhecermos o que temos perto de casa e que muitas vezes nem valorizamos.
Arrisco a afirmar que atitude positiva e a determinação ao fintar a crise, são as armas que temos, para sair dela mais enriquecidos, e as mais dificéis de nos serem retiradas, na minha modéstia opinião.
Beijos e abraços para todas (os)